Por Felipe D.
Resultado de um reality show chamado Fábrica de Estrelas transmitido pelo canal de tv pago MULTISHOW e produzido a partir de parceria firmada entre o produtor musical RICK BONADIO (Rouge, NXZERO, Manu Gavassi e Br'Oz) e a gravadora Sony Music, a girlband brasileira "GIRLS" lançou seu primeiro álbum, de mesmo nome, no último dia 3 de setembro.
O grupo, formado pelas integrantes Carolina Ferreira, Ani Monjardim, Jennifer Nascimento, Bruna Rocha e Natascha Piva (conforme ordem da foto acima), foi estruturado a patir de uma série de etapas eliminatórias típicas de um reality show musical, cujo processo acompanhei por completo, já que sou aficionado por música POP, podendo ser conferido no canal do programa AQUI.
Começo o meu "julgamento" pela escolha das integrantes, já que esperava ver outras competidoras no grupo, as quais foram eliminadas na final do programa. Não acredito ter sido a melhor, a escolha de Rick Bonadio, mas superada esta "crise", vamos discutir o nome do grupo: "GIRLS".
A escolha, conforme as meninas alegam em diversas entrevistas, partiu do hit "WHO RUN THE WORLD (GIRLS)" da cantora-inspiração, BEYONCÉ, já que foi a canção que tiveram que dançar na primeira eliminatória do programa. Outras opções de nomes foram colocados a voto popular, como BLEND, GLOSS, GLOW e F5; mas a legião de fãs que as meninas já haviam conquistado antes mesmo te finalizada sua formação, optou pela opção das meninas: GIRLS.
Não curti a escolha, já que é um nome demasiado batido, presente em nomes de girlbands mundialmente famosas, como SPICE GIRLS, GIRLS ALOUD, GIRLS GENERATION e por aí vai. Não me pareceu algo original. Teria escolhido GLOSS ou GLOW. Mas felizmente a equipe de marketing de Rick fez a melhor escolha até aí: a criação da logomarca GIRLS com o simbolo do sexo feminino estilizado na letra G.
Desde o início do programa, Rick Bonadio tinha em sua cabeça o desejo de ver a representação de uma personalidade marcante em cada membro da girlband, tais quais: a princesinha, a guerreira, a sexy, a moleca e a "surpresinha". A semelha do que surgiu espontaneamente no grupo britânico SPICE GIRLS, aparentemente se tornou fórmula de sucesso e como toda fórmula de sucesso, acabou engessando e tornando mais artificial o produto.
Escolhida a personalidade de cada integrante, os figurinos (obra dos estilistas YAN ACIOLI e WALÉRIO ARAÚJO) foram sendo definidos quase que como um uniforme com pequenas variações de estilos ou cores, o que ofereceu uma unidade à identidade visual do grupo mas acabou, ao meu ver, se desviando da proposta inicial de demonstrar personalidades distintas no grupo, engessando-as visualmente.
 |
| Girls uniformizadas |
Como todo programa nestes moldes, as meninas passaram por uma mudança do visual. O responsável pela mudança nas madeixas (dolorosa para algumas) foi ninguém menos que CELSO KAMURA, responsável por cuidar dos cabelos de artistas brasileiras ricas e famosas. Destaque para Ani e Nathalia que ficaram muito parecidas com os cabelos pretos e curtos. (???)
O ponto forte do grupo, no caso, é que todas tem ótima voz, com grande potencial a ser trabalhado, dançam o necessário,são bonitas e o melhor de tudo, tem energia e bom-humor ao concederem entrevistas. Com o passar do tempo e com a experiência sendo adquirida, provavelmente as garotas vão se sentir seguras em fazer suas próprias escolhas e tentarão imprimir maior personalidade ao grupo, que inicialmente ainda aparenta ser um produto fabricado e com pouca expressão artística. Com certeza irão dar muito trabalho ao "Tio Rick".
O ponto forte do grupo, no caso, é que todas tem ótima voz, com grande potencial a ser trabalhado, dançam o necessário,são bonitas e o melhor de tudo, tem energia e bom-humor ao concederem entrevistas. Com o passar do tempo e com a experiência sendo adquirida, provavelmente as garotas vão se sentir seguras em fazer suas próprias escolhas e tentarão imprimir maior personalidade ao grupo, que inicialmente ainda aparenta ser um produto fabricado e com pouca expressão artística. Com certeza irão dar muito trabalho ao "Tio Rick".
Apoio 100% a criação da banda, já que o cenário POP brasileiro é muito pouco explorado e existe um target teenager sedento por ídolos POP locais. Acredito que com perseverança e muito trabalho as meninas aos poucos vão evoluir e se fazer serem respeitadas no cenário musical brasileiro.
Um review do álbum de estreia das garotas está a caminho.
